“Eu prometi o meu tudo...”
É estranho mais vivo uma fantasia real. Isso não teria acontecido há alguns bons anos, mas hoje a tecnologia nos aproxima de uma maneira surpreendente.
Eu estava em um site de amigos quando “ele” me pediu que o adicionasse. Achei estranho não o conhecia, mas a curiosidade bateu mais forte e desde a época do meu aniversário, mantivemos contato.
A linguagem que ele usa é puramente sensual e sexual. Sou mulher, se já perceberam, e sendo mulher, isso bate forte, esquenta o corpo, faz tremer os sentidos...
O desconhecido é quase que uma coisa romântica, e que mulher não se rende a esse fetiche?
Apresentou-me a seus poemas, e, sinceramente, me senti medíocre... Como acompanhar um poeta?
Bem pode ser fácil pra vocês... Mas pra mim não. Sempre vi o poeta como “aquele que escreve com digitais coronárias e que enxerga com os olhos da alma.”
Não sou poetiza e muito provavelmente nem pretendo o ser...
“Escreve no Luso”: Ele disse - E aqui estou sem eira nem beira poética... Apenas estou... E, pelo que eu pude observar, posso dizer que é uma fraternidade? Alguns escrevem, outros lêem, aquel’outros criticam, e por aí vai...
Ah! Os críticos, me lembram muito, os exegeses de Da Vinci, falam muito do sorriso maroto de Monalisa, mas, e se aquele sorriso singelo, tivesse sido feito às pressas, porque na realidade Da’ Vince estava com uma tremenda dor de barriga e não queria retratar os dentes cariados de tão nobre criatura, e na exasperação do momento, pintou-a com os lábios cerrados, com um leve curvar dos cantos, afinal, isso é fácil, difícil, naquela época era retratar os dentes. Será?
Bem, na verdade, isso não interessa, como não me interessam às críticas de quaisquer pessoas...
“Você me pediu o meu “tudo”, e vou passá-lo, através de fragmentos de minha memória. Preparado? Então, vamos começar:
“- Preste atenção! - Dizia a Professora Z. – Repita: Vovô viu a uva!
Naquela época, eu tinha então seis anos, e, sinceramente não me importava “a visão de um avô de qualquer pessoa sobre uma uva” ou se um “rato havia ruído a roupa de um rei ruim de Roma!” Eu já lia jornais, sentada sobre os joelhos de meu pai aos domingos, após a Igreja. Mas, durante a semana, uma bruxa com olhar malévolo e uma palmatória ameaçadora, insistiam em me ensinar trava-línguas.
Magrela, cabelo em desalinho assim me apresentava quase sempre, mas, não sei se o ar de inocência, a voz doce ou o jeito indefeso, sempre atraiam alguém... “Minha história continua, vamos ver que parte de meu tudo mais te atrai...””
Até amanhã, menino.