Quando chega o anoitecer,
Logo surge a escuridão...
Sem o sol pra me aquecer,
Caminho para perdição!
E nos cabarés efervescentes,
Em que falso amor predomina,
Eu, triste poeta, viro irreverente,
Desprezando até as rimas!
Mais vinho tinto seco me inebria...
Esquentando-me na noite fria,
Que promete ser promissora!
E elas, profissionais do sexo (sorridentes),
Esfumaçadas... De amores sempre carentes,
Vêem no poeta a fonte salvadora!