No divã deito-me às palavras
e enquanto lavras
as pedras brutas
garimpo poemas
No divã da poesia
enquanto padeço das aleivosias
os dedos fazem rabiscos
descrevem a minha teimosia
Mas se não fora esta análise
nem léxica ou sintática
não falaria do declive
e da dor d´alma
Ah, o que dizem estes traços
na depressão que me resta
aparar neste dia de aresta
e abrir-me sem laços...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 14/7/2011.