Não quero saber
de signos, nem de nada,
somos amigos de viver
de uma forma só nossa, calada.
Caminho agora,
sozinho, noite fria,
teu corpo foi embora,
tenho a mão vazia.
A tua voz
vive em mim,
sonhamos sós,
parece nem ter fim.
Sou um capitão sem barco,
que sentado avista o mar,
sonhando no quarto,
nem o teu mundo consigo avistar.
Tens sido tão longe,
todo este tempo,
encontrei-te neste hoje,
no vento em que te invento.