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O meu gato

 
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O meu gato

O meu gato sai à noite desta prisão
E pela cidade afora anda sem parar
Deixando-me sozinho nesta solidão
Só na madrugada é que vai voltar

Na madrugada vem e arranha a porta
Fazendo desta forma eu me acordar
O meu sono mais profundo ele corta
Para que eu o possa deixar entrar

Com alguma tristeza invejo o gato
Pois ele sai a passear pelo asfalto
Enquanto à noite eu vou me deitar

Uma questão é que me toca agora
Será que o mundo é tão ruim lá fora
Que faz o meu gato sempre voltar.

jmd/Maringá, 14.07.11


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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