Em dias de sol, tendo a tua camisa de xadrez vermelho como pano de fundo,
assisto ao filme da minha infância.
Longos dias de praia, quando eram as marés o relógio que conduzia a nossa vida. O marulhar das ondas, num contínuo apaziguador.
Admiro-me como pequenos detalhes adquirem, com o passar do tempo, uma importância tão reveladora...
Revejo o céu azul espelhado nas poças deixadas pelas marés vazantes, onde eu gostava de ficar sentada até ao entardecer. Esperava, serena.
Nunca aquela estrela faltou ao nosso encontro. Não lhe cheguei a saber o nome, ao certo. Foi o meu grande amor, naquele verão. Um amor feito só de dar.
Ao recordar estas imagens, sei que então sim, era feliz.
Incipit...