Aldeia alentejana
És tu a sacrificada
Vais deixar de existir
Mas serás sempre recordada
Minha aldeia da luz
Tenho de abandonar-te
Outra aldeia não seduz.
Sou obrigada a deixar-te
Uma nova aldeia fizeram
Para lá tenho que ir viver
Com teu nome a baptizaram
Mas de ti nunca vou esquecer
Muitas pessoas te veêm admirar
Agora pareces até rainha
Porque não podes tu ficar
Aldeia pequena e branquinha
Submersa p`las águas do alqueva
Porque o alentejo precisa de água
A saudade a barragem não leva
E meu coração chora de mágoa.
Quando estiveres submersa
Só me resta a consolação
Que um dia aqui vivi,
Feliz de alma e coração.