Meu amor, mais sublime, não te apartes de mim,
ouve o teu coração e tende discreta piedade,
pois como uma flor, sozinha, sem o seu jardim,
assim sou eu, vivendo somente para esta saudade.
Não me deixes agora, que dias felizes hão-de vir,
em que o amor achará o lugar agora perdido,
e em que nós, enamorados, voltaremos a sorrir,
que sem ti eu sou pouco mais que nada, indevido.
De teu calor e de tua harmonia de muito careço,
teu belo sorriso é para mim um bálsamo purificante,
de ti, o teu excelso rosto – belo –, eu não esqueço,
faz-me sentir vivo, como a qualquer coisa edificante.
És a minha musa, a minha amada, a quem pertenço,
desde o primeiro dia, em que tivemos conhecimento
um do outro, e por ti são os dias, em que me venço,
tendo comigo o teu amor, e todo o teu procedimento.
Afastaremos o mar escarpado, e, de novo, nos doaremos,
pois este nosso amor é imensíssimo, e não tem fim,
nasceu da beleza, e a beleza dele, é o que nós temos,
para vivermos em paz e concórdia, numa gratidão assim.
Jorge Humberto
13/07/11