Nunca sou sozinho,
há sempre mais alguém,
um desvio no caminho,
há sempre outra viagem.
E já cansado,
sento-me a escrever,
tudo o que tenho passado,
tudo o que estou a viver.
Viver fugido
é não ser nada,
é meu desejo, de ser escolhido,
não ser mais nada.
Escrever poesia,
é alegria, é tristeza,
é sentir, é viver mais um dia,
ver tudo com um toque de beleza.
É perder toda a nossa certeza,
nada garantido por agora,
olho agora a vela acesa,
lembra-me o dia que foste embora.