No hoje o ontem é já passado,
assim há que viver no presente,
sem nostalgia alguma nem enfado,
que o agora é proeminente.
Temos de pôr, cada um de nós,
o melhor que saibamos fazer,
viver do passado, é estarmos sós,
e a tudo aqui faz retroceder.
Em cada dia, desnudar nosso passo,
livres caminhantes a alvitrar,
novos caminhos, a compasso,
para as novas vidas libertar.
O presente nunca é ausente,
vive no dia-a-dia, no agora e já,
e se tomarmos pulso pungente,
o futuro nos assegurará.
Do sentimentalismo vem a dor,
impiedosa e demais cruel,
que saibamos nós contrapor,
do melancólico o rude e vil fel.
Contra o focinho da palavra,
saibamos construir a sociedade,
novas gerações que a terra lavra,
do presente o fruto liberdade.
Não caiamos na triste omissão,
de não vivermos para o hoje,
que o pretérito é falsa ilusão,
que nunca nos há-de levar longe.
Jorge Humberto
12/07/11