as mãos nas mãos, o olhar dentro do olhar e a cadência dos palpitares em uníssono as bocas a abrirem-se em sorriso, como corolas a desabrochar na primavera as pétalas e colorirem-se de encarnado à textura dos nossos lábios e o beijo a escrever-se sob o cintilar cúmplice do céu.
como vagas que transbordam ao crescer da lua, os nossos corpos a sair de si mesmos, para se derramarem um no outro naufragando intemporalmente, sob o inebriar do desejo.