Vi um menino numa rua escura,
Com a mão, limpava as lágrimas que lhe caiam do rosto,
Rosto sujo e marcado pela tortura,
Já foi feliz, mas hoje está tomado pelo desgosto.
Estamos em luta na terra,
E o menino, vai queimando com as mortes da guerra,
Sem culpa e sem saber,
Apenas veio ao mundo os ver morrer.
Nunca vira rosto com tal sofrimento,
Menino pequeno, indefeso, ao sabor do vento,
Ele é o filho da natureza que nos desprezamos,
Filho de uma senhor que um dia todos amamos.
Olhei para ele e perguntei
A tua mãe pequeno?
Apenas com uma palavra me respondeu
E a palavra foi… morreu.