Hoje acordei
Cada simples gesto teu me magoa
Um olá apenas me deixa triste
A minha alma chora por feridas,
Amaldiçoadas por culpas que eu próprio plantei
Hoje acordei com um desgosto no coração
Amanha estarei melhor?
… Não me parece … as culpas não desaparecem assim tão rápido
Cada uma delas vai torturando a minha lama
Mas não podemos chorar por nada
Pois se chorarmos corremos o risco de enferrujar a máquina imunda que somos
Esta tristeza, este ódio, esta culpa,
Queimam como o inferno
Vão me destruindo aos poucos por dentro
A queda colossal do meu ser esta para breve
Mas eu não quero desistir,
Será esta a opção certa?
Com mais um pouco de dor e tristeza chegarei eu ao caminho desejado?
… Falo como se fosse o fim…
Pois … se não, ele esta perto.
A minha alma não aguenta mis carregar este corpo
Corpo este que todos olham e apontam
Seus olhares não passam disso… apenas olhares.
Mas entristecesse ver como me olham, o ódio que têm de mim
Seus dedos indicadores esticados e apontando para mim,
Só faz com que a minha culpa aumente e torne mais pesado este mártir
Hoje acordei com vontade de morrer
Não querendo esperar por um amanha que se prevê pior
Parece que cheguei ao extremo,
Extremo esse onde tristeza e ódio, dor e solidão se juntam num só
Um dia vou cair estendendo a minha face sobra a terra
E dizendo para mim mesmo, “Já não aguento mais”
Mas ate esse dia chegar vou caminhando com a alma em ferida
Esse dia chegará, vindo para trazer a paz que desesperadamente anseio
… Há dias que preferia não ter acordo.