A Lua é a eterna enamorada da Terra,
Gira a bailar, a fazer de par com ela.
Pelo sol iluminada, doirada se faz bela,
Resplandecente de terna luz, é singela.
Despida dos encantos, de ser verdejante,
Sedosa, atrai a sua idolatrada amante.
Que por estar pura e nua, de infertilidade,
Veste-se toda luzidia, com muita vaidade.
Para a terra, com doçura dirige seu olhar,
Movendo-se em piruetas, a fim de cativar,
Sua deusa que em magias quer encantar.
Unidas, na sua romântica rotação diária,
São semelhantes na sua redonda beleza,
A prestar risonha vida a toda a natureza.
Manuel Lucas