Nada me é tanto, que eu não seja mais...
(Ednar Andrade).
A boca pro beijo,
Para o afago; as mãos...
Os olhos para falar,
O desejo do outro desejo
Para o silêncio; o segredo
Para os dentes; o riso
Teu porto, meu abrigo
Sussurro é gemido...
Da noite; o deserto
Remanso é sossego...
Do amor; o perigo
Do martelo; o prego.
A boca; as mãos,
Os olhos; o olhar
Desejo, silêncio e segredo...
Dentes sem riso,
Porto em desabrigo;
Desassossego; o deserto
...E o perigo? a vida,
O amor (...) O medo.
(Ednar Andrade).