Não há uma forma mais fácil de dizer.
Sou um pássaro sem o direito de voar
Trancado em uma gaiola... Sem poder cantar.
E o único som que ecoa nesta prisão
É um sussurro de agonia... De desepero.
As asas adormecidas procuram a liberdade
Tentam quebrar as barreiras.
E cada vez mais as correntes me sufocam.
Quero viver de verdades...
Ouço o som de águas como se fossem gritos,
Vejo um céu sem estrelas como a escuridão sem luz,
Sinto o frio como se ele não existisse...
E somente desejo que nada disso seja real,
Que haja mais do que uma simples tristeza nas coisas
Que haja um sorriso por trás das lágrimas,
Uma liberdade por trás das regras.
Que o inverno seja de um frio aconchegante
E não de um frio pálido que machuca.
Que o calor aqueça a alma
E não queime o coração.
Mas um pássaro trancado assim
Saberia voar quando chegasse tua hora?
Quando nunca teve a chance de levantar voô,
A caída seria fatal, (a borboleta esmagada pela predra da realidade).
Mas tudo pode ser como um renascimento,
E a alvorada presenciaria a tranformação do pássaro encurralado...
Num glorioso anjo que beija a face branca da liberdade...
(É uma paz que tento encontrar dentro de mim
Deixar a prisão de regras, falsa moral
E abrir as asas para um novo futuro,
Sem esquecer o que foi o passado)
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....