Não me fale de amor
Quero o silencio das flores a me perfumar
Ser minha cor preferida nesse labirinto de gostos
Ser oposto dessa dor que cativa.
Não me ame por favor
Lhe farei gemer pela dor dos espinhos em minha fala
Pelo falo primitivo que fere sua alma
Entrarei contagioso e mortal em seu destino
Tens coragem em assistir meus crimes?
Fica embriagada de planos de me converter
Fazer desse meu atalho para o louvor do prazer
Ópio e lucidez na sua vertigem.
Me deixe no escuro
Nesse mundo puro das criações platônicas
Do incesto com minha fêmea atônita de pudores
Dos rumores que ficam na trilha do destino.
Ensina-me o versos românticos
Da semântica desenhada com letras finas
Curvas e inclinação para verbos inquietos
Finalmente compostos por orações intransitivas.