Minha felicidade, é todo este meu ser,
magnificente, e que se enobrece com a beleza…
me embrenho pelas brumas da natureza,
e deixo que a vida se proponha acontecer.
Em naus de outrora, descortino-me navegante,
e vou pelos mares nunca dantes navegados…
e caminhando pelos campos sossegados,
vejo livres animais, correndo empolgadamente.
Hieráticas florestas, hirtas, ao céu se elevam,
deixando-me uma leve impressão, nos olhos…
jardins de açucenas e nardos aos molhos,
cobrem as ruas, que as cidades, pelos caminhos levam.
Sereno, um pequeno rio, corre para a sua foz,
deslizando barcos, pelas suas águas…
às árvores, foram buscar madeira e tábuas…
e descansam os pássaros, que cantam para nós.
Passeiam-se pessoas, demonstrando alegria,
vão de mãos dadas os enamorados…
e sol da manhã, emite matizes encarnados,
que se desvanecem, qual subindo vai o dia.
E um canário, dependurado na janela,
com flâmula, executa melodias, nunca antes ouvidas…
e o céu entrecortado, de nuvens perdidas,
espelha-se nas ondas… ao ar uma bambinela.
E meu ser radiante, não esconde a satisfação,
da perfeição, que aqui, me é dada a ver…
de sons e cores e sinfonias, é este imenso prazer,
que debrua e enaltece, o meu palpitante coração.
Jorge Humberto
05/07/11