Mama-sapa está velha e doente
Com as lentes dos óculos quebradas
Com a boca isenta de todos os dentes
A procurar quem a faça ser bem-amada.
Mama-sapa sonhava ser uma princesa
Tinha a cabeça povoada de bobagens
Então ela resolveu criar várias personagens
Todas elas dotadas de extrema beleza.
Dizem que Mama-sapa mora na praia
Também dizem que ela é muito feia e má
É que Mama-sapa vive entalada num sofá
As banhas não permitem que ela de casa saia.
Mama-sapa, coitada, vive sozinha na ilusão,
No inferno que ela mesma, um dia, criou;
Carente não tem quem lhe dê carinho e amor
Por isso tem apodrecido o pérfido coração.
E mama-sapa sonhando em ser princesa
Com a cabeça povoada de tantas bobagens
Mama-sapa era uma pessoa muito covarde
Pois se esconde atrás de uma tela acesa.
Por isso o universo daquele brejo era areia;
Por isso só vive adoentado aquele coração
Mama-sapa não ama e não tem compaixão,
Não tem pena, nem piedade de si... . Mesma!
Gyl Ferrys