Embora triste, meu ser em desalinho,
busca na beleza das coisas o caminho,
que me faça nortear até à felicidade,
procurando sempre a modesta humildade.
De sonhos chamo a mim a concreta realidade,
narrando-me com toda a simplicidade,
de quem escreve pedaços de alegria,
em versos rimados, com toques de magia.
Me engalano de suspensos e lindos jardins,
plenos de cores e de aromas e afins,
e busco neles a esperança de uma vida,
que, por não me achar, se encontra dividida.
Ao longe o rio corre sereno para a sua foz,
em águas mansas, sem correntes nem algoz,
e eu, da minha janela, me realizo,
em golpes de asas, num movimento preciso.
Jorge Humberto
04/07/11