Toda as misérias crias,
E todos os pesares modelas...
Tu não tens culpa, meu amigo.
Alguém preencheu tua página vazia
Feito enquanto silenciosamente choramos,
Confinado enquanto a transformação começa.
A mesa estava posta e então dormimos
Como arquitetos do tempo.
Tanta aflição atrás da fachada
E sintomas de morte certa.
Nos afogamos em aromáticas ilusões,
Ilusões do Certo e Errado.
Cerramos para um santo lúbrico
Cavando túmulos no ápice de nossas vidas
Enchendo com estimas até sufocarmos
Creio que chegamos ao fim da corda
Pelo nevoeiro, pela bruma,
O julgamento iminente está sobre nós
A lâmina divisora da natureza
E o homem separou nosso fôlego bisonho
O sol irá se pôr
Sob os olhos vendados
Os guardiões auto-nomeados
Riscam na minha porta.
Beijamos seus lábios peçonhentos
E nos juntamos à multidão santificada.
Voando nas asas paralisadas,
Nos perguntando quem devemos ser
Enquanto a tirania volta à normalidade;
Nos penduramos no fim da corda.
O sol irá se pôr
Sob os olhos vendados