DESDENHA I
Desdenhas! Deste amor que a ti é dado
Desdenhas! Deste amor que por ti fora
Em outrora apaixonado, enlouquecido!
Desdenhas! Deste amor que não quisera.
Embevecido pela paixão, desconhecia a razão
Em outros tempos, outras épocas. Embora!
Quiseste um dia eternizar uma sofrigdão.
Mas ficara na ilusão, por uma vida inebriada.
Desdenhas! Deste amor degradado e sofrido
Que em rios de lágrimas foram por uma vida
A ti, em prantos ofertados, tanto quanto sonhado.
Desdenhas bem! Deste amor que tanto fora
Por um tempo apaixonado, louco; mas...
Que hoje desconheces a razão da indiferença.
D`Gáudio Procópio