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OCASO

 
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Gê Muniz

OCASO

o homem bebia
do ocaso
minado dos dedos

chorava
velhas pétalas
no cais do campo

chorava gaivotas
de vôos rasos
ao rastro dos barcos

chorava detrás
às brumas
a escaparem da popa

o cansado homem
à varanda
soluçava lua

quando a morte, loira
moça e linda
sorriu lhe o sol poente
 
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GeMuniz
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Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 03/07/2011 00:00  Atualizado: 03/07/2011 00:00
Usuário desde: 07/08/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 16148
 Re: OCASO
Um dia todos terão um ocaso pessoal, amigão. Espero que seja rubro e doirado. Um forte abraço, Gê!


Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 03/07/2011 02:17  Atualizado: 03/07/2011 02:17
Colaborador
Usuário desde: 30/06/2009
Localidade:
Mensagens: 6700
 Re: OCASO
Creio que o ocaso não ocorre ao acaso, Ge!
Que o meu seja tão belo e melancólico quanto teu poema.
Bjins, Betha.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/07/2011 07:58  Atualizado: 03/07/2011 07:58
 Re: OCASO
Viajei nesse ocaso de excelente metáforas! Parabéns, caro poeta!


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 03/07/2011 18:20  Atualizado: 03/07/2011 18:20
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11099
 Re: OCASO
Gê,
A morte vista em forma de luz.
Um poema deslumbrante.
Beijo
Nanda