Quando eu paro e
Me pergunto até onde
Isso pode chegar,
Me estupefo e
Não vejo resposta.
Quando a certeza
Disso me atinge como
Um tiro de bala,
O peito arfa duma
Maneira doída, sofrível.
E criminoso é,
Quando tento em vão,
Ou percebo que aos poucos,
Minhas lembranças somem,
Ou ficam seletas somente
Aos melhores momentos.
E olho para algum lugar
No infinito remoendo
O quanto isso é injusto.
Mas aí a voz da razão
Vem e me explica
Que ela está errada,
Que nada disso tem razão,
Porque o que não
Se esquece está gravado
Na alma e isso ninguém tira.
E você, não sai nunca.
2009