Sonetos : 

Soneto-da-Memória (das velhas "lacunas" do passado à integração da Consciência)

 
Ai dolorosa lucidez que outrora
não tive e que agora me apunhala,
ai doloroso vazio sem tempo nem hora
que agora me grita, que agora me fala.

Vazio distante, água impura, olhar frio...
Dor-de-dentro, sem fundo, sem trono nem raiz,
horas mortas, defuntas, funestas, sem estio,
onde te deixei, te larguei, te perdi.

Acordei! Despertei! Lembrei!
Corri veloz no Fogo da Alma
e agora sei que te Amo, recordei...

Corre p'la face uma lágrima de Memória,
noite-sem-tempo que ilumino com a chama
de uma nova Esperança, de uma nova Aurora.


RICARDO LOURO
(À amiga Florbela Barbosa)


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
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