Gárgula, fascinante crápula
no auge de sua dor estética,
vive trepado no templo,
sem que o céu o veja
mirando o mundo de então,
com olhar de crise.
O diabólico ser,
o que poderia querer,
ao escalar parede
de sublime monumento,
debulhando-se em prantos,
ao deixar escorrer as águas
nas calhas de seus desencantos?
Mostrar finos seus grosseiros mantos?
Mera reprise,
gárgula a fazer de seu mundo, release.
Roberto Armorizzi