Que maldade!
Existe certa velha traiçoeira
Que espreme nosso íntimo,
Viola o coração e nos deixa famintos.
Esta senhora amarga,
Traz o significado da tristeza,
Talvez, sua amiga íntima...
Preciso escapar dela,
Que só exala dor e sofrimento.
Mas não sobrou nenhum lugar
Para que possa me esconder...
Eu a encaro, mas só o que percebo,
É o quanto sou pequena.
Obriga-me a procurar o alimento,
Segura a minha mão,
Mas não me mostra o caminho...
Já não consigo respirar direito,
Me possui, absorve, Toma a minha alma.
Toma minha vida de assalto,
Controla os pensamentos
E vive em mim.
Já não sou mais eu, sou ela.
Sou Saudade.