Poemas : 

Penhasco

 
Que não eu, é mas diferente,
Homónimo vociferante,
Grita constelações leitosas,
De pastos húmidos,
Como a cama fechada da maré,
Em que te deito,
Ouvindo nos búzios os sons,
A terra distante,
Onde pensaríamos erradamente,
Que estes sons,
São o fundo do mar, este aqui,
E afinal agora,
Reconhecemos que em cada búzio,
Existes antes tu,
Que quando te oiço existes em mim,
E existo eu,
Que me faço ouvir no teu ouvido,

E estamos ainda nesta cama fechada
A traçar a nossa perfeita epopeia
Por entre os lençóis de onda
Que se esbatem contra o cetim
Do teu cabelo,

Terra... meu penhasco lusitano.

Ao outro que não eu,

Que daí me acudiu a inspiração...
 
Autor
Ricardo_Barras
 
Texto
Data
Leituras
1210
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
flavito
Publicado: 30/06/2011 11:36  Atualizado: 30/06/2011 11:36
Da casa!
Usuário desde: 06/12/2009
Localidade: Rio Tinto, Gondomar,Porto
Mensagens: 336
 Re: Penhasco
Um poema grande com um significado pequeno, xD, Um bom poema sobre o penhasco metamorfizado da terra e da vida. Parabéns, ricardo, já trataste daquilo que andavas para tratar do livro e apoios?


Enviado por Tópico
Aivlis
Publicado: 30/06/2011 12:02  Atualizado: 30/06/2011 12:02
Super Participativo
Usuário desde: 30/06/2011
Localidade: Lisboa
Mensagens: 125
 Re: Penhasco
Muito bom adorei.

Bjus.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 30/06/2011 13:06  Atualizado: 30/06/2011 13:06
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Penhasco
Bom dia Ricardo, seu personagem permeia a realidade dialética, com um pé na subjetividade, tentando dar contornos suportáveis ao seu embaralhado existir, parabens pelo seu instigante poema, MJ.