Poemas : 

Embriagada

 
Tags:  loucura    embriagada    conspiracao  
 
Nós estávamos sendo observados pela janela
A rua parou e os vizinhos indiscretos parados atrás de suas sombras
Cada qual suspeitava de alguma idéia ridícula
Sua saia curta estava toda amassada.
A blusa molhada deixou mais intensa sua falta de censura
Ria indiscreta e embriagada pela via
Embaralhava pés e calçada
Sua pele salgada já perdia as cores sadias
E cantava como quem não sente vergonha
Mas já era tarde e incomodava quem dormia
Bailando solta não conhecia espaço nem gente
Cada gole da sua angustia diluída dentro da mente
Anestesiada não havia historia para contar
Estado passado e futuro incoerente
Os dedos frágeis e dormente
Saudava os gatos com nobre pureza
Acenava para o nada e caminhava se guiando pelas estrelas
Mas era tarde,ninguém ligava para o espaço
Ao longe os pontos de luz corriam de um lado para o outro
O vento atravessava frio seus joelhos
Reflexos humanos fugiam pelas paredes
Não queria escadas,não sabia a altura dos passos
Nada de conforto e o que era riso a noite apagou
O silencio era a banda da sua voz alegre
O vazio era o palco da sua historia presente
Havia portas em cada casa,havia tantas moradas para entender onde estar
Tempo para modelar uma lembrança
Onde te deixei?

 
Autor
Anjuh223
Autor
 
Texto
Data
Leituras
747
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.