Ductilmente entrego-me ao anseio de um amor
intemporal
a escorrer-se lava na montanha do crescer.
Do crescer papoila rubra da palavra,
campina ondeada, matura, aberta,
sob o Sol ímpio do teu gozo,
do teu gosto, do vibrado glorioso do teu ser.
Docilmente vergo os joelhos das horas bravas
aos murmúrios refulgentes da tua voz,
da tua voz rouca de mar,
aos lamentos sustenidos
do rio de mim em busca e si, em busca de ti,
do macio salgado da tua boca
sem palavras,
das mãos escorridas, ávidas, nos meus seios
à flor da pele, na flor do sal,
na recolha dos tremores e dos anseios.
Ductilmente os espasmos de ser mulher
se encontram serenados com os teus
na fonte manifesta do prazer!
... por um instante que seja, ductilmente
sobre o bolo, o vermelho dulcíssimo da cereja!
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