Cintilante.
O puro invisível
Encondendo-se na perfeição.
Uma expressão tão dura e resistente,
Caindo friamente pela pele,
Encaixando entre as mãos lívidas.
A suavidade das formas
Sendo contornadas pelo próprio brilho.
Sabia eu que nada devia temer,
Mas bem lá dentro estava tão profundamente magoado.
Não evitei de tentar entender cada motivo que estaria cá
Modelando meu rosto com a tristeza vinda do meu olhar.
A mesma frieza cortante, a mesma dureza impenetrante.
E o meus olhos expressaram silenciosamente
A raridade daquela beleza intolerável.
Abdicaria-me de ter tão preciosidade roçar meus olhos.
No fim o brilho se foi... Cortado pelas sombras da dor.
Uma lágrima que era tão triste e sentida,
Que por isso era de tão exata perfeição.
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....