Nem flor que se cheire
Tão pouco silvestre
Talvez pioneiro
Ou extra terrestre
Observador isento
Olho por cima
Do mundo
E quero atento
A cada rima
Mostrar o imundo
Do nosso planeta.
O que vejo e sinto
Escorre-me do pensamento
Para uma caneta
E escrevo de instinto.
Senhores doutores
Da desigualdade
Alimentadores,
Donos da economia
E da conveniente crise
Assombradora,
Do nosso dia-a-dia
Devastadora,
Como a hipocrisia
Que nos servem fria.
Senhores doutores
Da liberdade
Opressores,
Donos dos valores,
De números e contas,
Controladores,
De discursos pintados
De fascismo moderno,
Só gabarolices
Para manter o povo
Como fiel eterno
Ás aldrabices.
Senhores doutores
Alto clã
Explorador,
Tão bem que espalhas
O consumismo
Pela classe, vã
Trabalhador
Que come as migalhas
Do capitalismo,
Qual ração de touro manso,
Que vai e vem
E pedinte de descanso
Não sabe a força que tem.
Nascer para ser feliz