Sou nada. Sem exageros
Sou o pó de café borrado delineando seu futuro
Adoeço-lhe simultaneamente. Meu reabilitar
Ao velar da rosa desabrochante
Bebo teu sangue, meu doce mel
Sem culpa, respiramos o mesmo ar
Tenso e intenso gozo. Prazer, destino!
Adoro teu silêncio como fogo no inverno
Tais palavras me cortam até sangrar
Ao desespero engolido como chá
O gole diz: não é necessário!
Alguém sabe a hora de parar?
Entendo o fato, pois penso demais
Mas nunca o feto. Eu fito a foto do futuro do Universo
Humano, ser que por nele não caber, nele não vai estar
Penso, logo adoeço.
É bonito o vôo de libido da libélula
No entanto, breve é o seu passar
Se ninguém é o que o outro espera
O que satisfaz um rato em sua infinita corrida na roda?
Desenho rosas defumadas em meu mais íntimo amar
Enquanto o pulso arde em chamas
A minha espera termina ao te encontrar
Joe.