Fragmentos de um espelho!
Limpei bem limpo o espelho do meu quarto
Estava baço, parecia sujo, degradado, velho
Com muito cuidado experimentei de tudo
Nada mesmo funcionava, morreria assim...
Por momentos meus olhos pararam, olhando
O que o espelho refletia aquela era eu, ali
Estranho não me reconhecia, não era eu, não
Estava, velha, meus olhos perderam o seu brilho...
À medida que eu ganhava coragem, ia mais fundo
Estranho não tinha alguma ruga, apenas cansaço
De uma alma que lutou acima de suas forças
Em busca de sua felicidade, do amor e da verdade...
Estranho, olhando-me eu entendi quanto era cruel
Aquela voz, aquelas palavras que meu marido fala
Vieram como cascatas, amargas e azedas, mas sinceras
Preciso cuidar de mim, pensar em mim, é hora...
Olhando-me ainda mais profundo, vejo algo, que dói
Dói demais, algo profundo, sinistro, demasiado cruel
Minha essência, todo o meu caminhar, todos os erros
E as lágrimas rolam neste meu rosto cansado de sofrer...
È como um filme a preto e branco, ele não perdoa
Passa rapidamente, por vezes as imagens magoam
Dilaceram o meu coração, dói demais, preciso perdoar
Não a quem me magoou, mas sim a mim mesma...
Como dói a verdade, como ela é implacável e cruel
Fui eu que me permiti a deixar me magoar, eu tive escolha
Apenas apostei no lado errado da vida e tive que aprender
Aprender dignifica o homem, o recupera dos seus erros...
A medida que olhava para dentro de mim, eu me libertava
Era como se fosse uma tempestade e levasse tudo de vez
E a luz voltava intensa, rodeada de amor, rodeada de esperança
Onde o meu perdão não esta completo, mas é um começo...
A vida é exatamente transformação, novas etapas e novas caras
E nesta minha nova etapa eu vou passar a me olhar com amor
A cuidar mais de mim, deixar felizes os que me amam de paixão
E meu espelho voltou a reluzir, mas fui eu que me transformei...
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