Ecos da solidão!
Renasci do mundo das sombras
Repleta de frio, gelando-me na alma
Escuto as vozes longínquas, vozes confusas
Vozes do além, onde estás tu? Onde?
Martelo as paredes, desesperada, as procuro
Elas vêm dali, as sombras se movem diabolicamente
O medo invade minha alma, apenas tremo de medo
Minhas pernas estão bambas, dormentes, cansadas
Algo gélido, algo sinistro, toca os meus ombros
Quis sumir da terra, que era aquilo que me que tocava?
Eu não o entendo, não vejo nada, vai além de mim
Volta tocar-me, minha garganta sente um nó fechado
Quero gritar, mas não consigo nada sai nada, inerte!
Mas o que é isto que vai além de mim? Grito!
O medo invade a minha alma, o gélido consume-me
Meu coração bate, descompassado, como ele bate
As sombras se movimentam ao meu redor, são tantas!
O cheiro incomoda o meu nariz, cheira a podre, mal
Escuto movimentos, a vida lá fora, respiro de novo
Tento acalmar o meu coração, algo acontece ali
Era o tempo, o tempo parou, sugou as lembranças
De uma vida ativa, cheia de muitas alegrias, passada
Mas o tempo, esse não perdoa, não mede distancias
Trás consigo os ponteiros afiados, batendo, as horas
Trazendo a solidão, apenas a solidão em forma de ecos...
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