Aqui, onde me encontro sentado, a escrever,
vem-me à ideia, os amigos que perdi,
saudades imensas, como seria de prever,
por essas pessoas, que nunca mais vi.
Pessoas queridas, amigos que eram do peito,
que eu hoje recordo, com plena emoção,
mas também uma alegria, que eu aqui deito,
pela honra de tê-los conhecido, desde então.
Na viagem que encetaram, levaram meu coração,
todos os cuidados e atenções, que lhes devi,
a amizade, que lembro agora, com satisfação,
as peripécias porque passamos, o que nunca previ.
De dádivas eram os meus dias, com meus amigos,
que tudo faziam, para que eu tivesse só bel-prazer,
e que eu contrapunha com os anelos devidos,
procurando saber de cada um, seu enaltecer.
E assim crescemos e nos tornámos jovens adultos,
partilhando segredos mil e tantas recordações,
dos tempos passados em harmonia, mais os indultos,
que à juventude, sempre pede considerações.
Lembro que nunca uma palavra de agravo,
saiu de nossas bocas, dos outros conscientes,
e é tudo isso, aqui, que na memória gravo,
por aqueles, que no fundo, eram meus parentes.
Não falta em meu pensamento, o nome de ninguém,
os rostos serenos e risonhos, prática do dia-a-dia,
hoje e para todo o sempre vos velarei, como alguém
que vos ama e muito amou, nada mais, do que devia.
Jorge Humberto
19/06/11