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Margô_T | Publicado: 09/07/2016 15:03 Atualizado: 09/07/2016 15:03 |
Da casa!
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Re: A casa que fica dentro do corpo
Soando a uma lenga-lenga, há uma repetição neste poema que nos acompanha do início ao fim: “A casa que fica dentro do corpo/não é uma igreja”.
Mas que é então? Não se sabe… apenas se imagina e se sabem de outras coisas que também não são/existem: - “dentro dos olhos” não “há uma estrada” - “o peito aberto” não “é uma gruta” - “a cor dos olhos” não é o “brilho do sol descendo sobre uma macieira” Porém, não podendo ver nos olhos uma estrada, há que procurá-la noutro lugar... que provavelmente se encontra marcado “no interior do fruto” onde existe um “mapa”. Diz-nos o poema: “A noite caminha como quem anda demasiado ausente.” mas nesse outro lugar (no que está no interior do fruto), haverá o que não existe dentro dos nossos olhos e na cor deles: uma "estrada" e o “brilho do sol descendo sobre uma macieira”. Nesse outro lugar, “a noite caminha” sem ser "ausente" porque “o peito aberto” será uma gruta nele - e é quando sabemos lidar com essa gruta que somos, sem termos de abrir o peito para nos livrarmos dela, que encontramos, por fim, “a casa que fica dentro do corpo”. |