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Poemas -> Introspecção : 

Nevoeiro-dos-Sentidos

 
Os mortos dos meus mortos
trago nos sentidos,
num berço de saudade
os trago adormecidos.
Ai,saudade efemera sem paz
que vive em mim
pobre mortal de Deus nascido!

Minh'Alma sepultada
neste espesso nevoeiro
adormece os mortos
no frio dos meus sentidos,
mas se acordado
os sinto adormecidos,
despertam depois quando adormeço.

E em cada noite que me deito
liberto-me da matéria,
abraço-os, recordo-os...
Esvai-se o nevoeiro espesso
e numa imensidão aerea
sonho, acordo e adormeço.

RICARDO LOURO
"quasi madrugada"

(Sinto-me um TODO enquanto Alma singular quando atinjo o além-forma. É o extase total desta minha Humana existência...)

Ricardo Maria Louro

 
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Ricky
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Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 17/06/2011 16:11  Atualizado: 17/06/2011 16:11
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
Mensagens: 2028
 Re: Nevoeiro-dos-Sentidos
Gostei da visão sobrenatural que tem o poema, da espiritualidade que demonstra além da realidade, vivenciando outras dimensões sutis. Os sentidos são portais que estão sempre disponíveis para quem deseja acessá-los.

Ótimo dia!

Helen De Rose.

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