Ah, você! Esse alguém que eu mal conheço,
mas sei que aprendeu a discernir o que se
passa na mente. A lidar com todos os anseios
e sonhos, que embaralham a vida da gente
Vem! Vem e me diz, como conter a euforia da
possibilidade... Ou melhor, esquece. Esquece e
não me diz. Quero emoção, não verdade. Deixe,
apenas deixe que eu te tenha. Não quero mesmo
água... Vem, vem e coloque no fogo mais lenha
Permita meu amor, que eu queime esse desejo e
essa vontade de te sentir... De te ver, de te ouvir
De te abraçar e te sentir inteira pulsando como
pulsa agora este coração que não me nega
Rega, rega a planta que sobe louca em direção
ao teu sol, ao teu céu...Que te quer flor e néctar
Que te quer bailarina, borboleta, menina, Que te
quer em voo errático, a pousar sempre neste colo
Vem! Vem que não me quero mais solo, mas sim pólen
Pólen que o vento leva. E suave, fertiliza tua entrega
Vem, meu amor. Para lançar ao mar e definitivamente,
as cinzas daquilo que teimo em guardar no pote da
inútil esperança. Trás tua nova brisa, tua nova vela e
teu barco. Afoga-me a tristeza, faz-me outra vez criança
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