Sentado nesse sofá num fim de tarde de Abril,
O gigante acordou febril, estava doente
o pobre gigante que era contente.
Os seus amigos,
hidra, fénix, unicórnios, feiticeiros, fadas,
estavam longe e por vezes recebia
uma visita ou duas, para alegrar
o contente pobre gigante.
Essas visitas de monstros marinhos, de cavalos alados,
Punha o gigante feliz e pensava e falava e orava
E de novo olhava, alegrava, recuperava a vontade da vida
do eu-ser-gigante
e gigante o ser.
Este Gigante não era gigante
mas sim um pensamento feliz,
misterioso,
fabuloso.
E os seus amigos
fadas, magos, cavalos alados, nessy's, fénix, hidra e unicórnio
eram pensamentos de eu-ser-gigante
com amigos verdadeiros de ouro.
Era gigante o ser, já que eu-ser-gigante,
os amigos desse GIGANTE eram amigos do EU o ser.
Levantando do sofá
o EU, o ser, estava curado
sarado, fortificado, lavado, desenfeitiçado.
E telefonou aos AMIGOS mentalmente
para poder falar livremente com as suas mentes.
Os AMIGOS do eu-ser-gigante
estavam lá com os amigos de uma Pessoa,
livres, felizes, e falavam entre si
com o mestre dessa Pessoa,
que foram também um mestre meu idem.
Acordou, o Gigante e o eu-ser-gigante e seus amigos desapareceram
e ficou, sozinho o gigante o ser sou,
e pensou
e percebeu que tudo não passara de um sonho
um lindo sonho, um sonho pensador,
um sonho mitológico, um sonho para guardar em todo o tempo que era actor.
P de BATISTA
Mais uma acaba de sair do "baú". (algures no século XX)