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O pão de cada dia (Thiago de Mello)

 
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Que o pão encontre na boca
o abraço de uma canção
construída no trabalho.
Não a fome fatigada
de um suor que corre em vão.

Que o pão do dia não chegue
sabendo a travo de luta
e a troféu de humilhação.
Que seja a bênção da flor
festivamente colhida
por quem deu ajuda ao chão.

Mais do que flor, seja fruto
que maduro se oferece,
sempre ao alcance da mão.
Da minha e da tua mão.

Thiago de Mello, poeta brasileio. In: Faz escuro mas eu canto, 1999, Bertrand Brasil, 17ª edição.

Imagem: Anders Zorn, Baking the bread.
 
Autor
AjAraujo
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