Inquiri-me o espelho:
“- O que bem és nesta vida?!”
“- És um rosto de velho
Em uma alma envelhecida!”
E ri, e zomba às palmas!
Como reflexo opaco ele grita!
E grita e não se acalma
Até a verdade me ser dita!
Morri há tempos sem o saber!
E a imagem inda reflete
O meu mais dissoluto viver...
E lança-se o espelho ao chão!
E em pedaços ele repete:
“- Estás morto desde então...”
(® tanatus - 07/06/2011)