Que malfadada tragédia
Esta da rua sem flores,
Onde não eram nem irmãos
Nem vistos nem achados
Aqueles que davam as mãos
Para lá das horas que o relógio dava...
Chama-me futuro que eu gosto!
Um dia vou-te chamar passado
E tu não me chateias...
Deitamo-nos fora
E um tempo depois
Passou demasiado tempo
Para ser hora
De falar de nós dois!
Que bela hora essa,
A do relógio mudo.
Esse nunca me acordou,
E bem gritou!
Mas o surdo nunca ouviu...