Das vezes que caminhei
Imensa era a distancia que via
Acima o céu azul escondendo o tempo.
Da primavera o cheiro que predomina
As mãos firmes que me seguravam
Sempre que precisava
Mãe como é sufocante sua falta
Assim como seu cheiro
Escondido, confundido com as flores
Semeada com o vento que sopra
Mãe como o tempo passou depressa
Arrancando as lembranças,
Restando somente a saudade
Imagens que se tornaram sombras
Agarradas nos galhos da arvore do infinito
Plantada em minha memória
Alvejada pelo tempo caminhante
Uma lembrança sentida
Levada a dor da perda
Indo embora todos os dias
No vazio do mundo sem você
Onde os dias se perdem pelas mãos do tempo....
APARECIDO LUIS FERREIRA