Quem, como eu, o sonho ousou,
trouxe na mão delícias e vontades,
morreu de amores e se aprestou,
que dos outros eram as bondades.
De mil maravilhas se emocionou,
às gentes, que como ele, eram pobres,
trabalhando a terra que amanhou,
personificando as almas mais nobres.
Escreveu um livro, uma árvore plantou,
dos filhos teve o seu maior condão,
e um lar e uma infinita família gerou.
Quem, como eu, o sonho ousou,
foi três vezes feliz, de afortunado coração,
e sua sina, pena ou fado, terminou.
Jorge Humberto
10/06/11