Menina de seu nariz
Escolhe bem a calçada,
Pois no dia que escolhe
Nunca é a mais amada
E pode cair um dia,
De seu nariz equilibrado
Que um dia tremeu
Por dias bem piores!
Mesmo assim muda de rua
Para revirar a vista
Sem dar na vista
Denunciante
Que um dia a vendeu
Por trinta tostões
A um homem de bom olho...
Nos dias em que o sabe,
Veste fato domingueiro
Só por vestir,
Que sabe que olhar olhado
Não vai desistir
Por qualquer contratempo
Que um dia
O conseguiu impedir...
Quando um dia a virem
Mudar de rua, mudem também;
Não choquem com o ciume,
A parteira de ninguém.