Sinto-me velho
Puberdade passada
Vontade de actuar como homem inexistente
De pouco isso me serve para algo sem ser nada
Olho para trás e já 18 anos correm nas veias
O mais prematuro de desenvolvimento estancou
A vontade de vida avançou
Para o mais puro estado do conhecimento
Não me conheço mudado
Reconheço-me igual ao meu pai
Mas em tudo que de mim sai
Apenas nos genes sou dele feito
Em conhecimento sou partido
Pela parte racional materna
Que sempre em tudo governa
E que a ela é de ter agradecido
Mas,bem, sou homem , é o que conta
Votar não votarei pela descontra
Ter mais um número de identificação
O meu nome não dá medo, apenas o coração
Para já há direitos que renego
Não haverá mais números na equação
Sou homem, sou pessoa
Nada de números de condão
Flávio Miguel Pereira, poeta
A idade pesa e a consciência de que já somos adultos também um pouco.
Eis a minha reflexão da coisa...