Cancro, tu que és resultado de divisões erradas
Deixa as minhas células descansadas
Sugas o poder sanguíneo para sobreviver
E eu já não sinto o meu saudável viver
Sinto o poder metastizado do universo
A doer por cima do meu mundo
De uma célula faço um verso
Que por causa genética se amplifica num segundo
Se não respiro ou sinto cansaço
Sabendo ou não o porquê
Sei que ao fazer exames
Será pior a minha dor do que se vê na tv
No meio deste poder nuclear celular
O corpo fica desprotegido
Por muito então que tenha comido
As células roubam o suave nutrido
De um órgão humano para se multiplicarem
A quimiotrapia é mágica
Mas nem sempre muda tudo
Células em grande poder divisor
Matam, no final, qualquer adulto ou miudo.
Flávio Miguel Pereira, poeta
O poema que fiz da bulimia teve bom resultado, decidi fazer um sobre o cancro, apenas com as caracteristicas gerais, para não me lançar muito