Frase, atrás de frase, o verso emerge,
vem com o róscido da madrugada,
com a verdade e a liberdade elege,
a sua primazia na Terra adorada.
Terra de fascínio e de esplendor,
que os jardins floridos bem atestam,
Terra onde devia imperar o amor,
mas que as guerras contestam.
E é do Homem altruísta seu sortilégio,
fazendo o bem sem olhar a quem,
mas este descrer este sacrilégio,
não traz emoção a ninguém.
E andamos às voltas com nossa desarmonia,
fazendo mal uso de nosso esgar,
é preciso criar um clima de harmonia,
que avante possamos levar.
É preciso voltar à condição primeira,
onde os valores morais tinham firmeza,
nunca a palavra era derradeira,
enquanto não se afirmasse certeza.
A certeza do afecto para com os demais,
o despojamento que se cumpria,
para com todos os homens e animais,
que nenhum laço desfazia.
Mas veio a mentira e o alheamento,
tomar conta de nosso mundo,
vivemos a vegetar e em sofrimento,
num universo que já foi fecundo.
Tenhamos pelos nossos filhos a coragem,
de emendar a mão, valorizando o querer,
e que os erros sejam uma aprendizagem,
com que todos, mas todos irão aprender.
Jorge Humberto
08/06/11