Deitei meus desejos na pedra dos sonhos
E deixei que a chuva lavasse esse retrato,
Na poeira íntima do meu eu amargurado
Chorei reminiscências de devaneios tristonhos.
Em alto-relevo meu sangue percorreu
As artérias congestionadas por sensações inconstantes,
No vaivém do bater cardíaco a cada instante
Fantasmas oníricos dilapidaram os sonhos meus.
Numa overdose de sensibilidade adormeci
E num rastro de ousada desventura consumi
Os ingredientes que temperam sentimentos...
Nas estradas onde os órgãos transitam
Há emoções inconscientes eivadas de parasitas
Que fecundam miasmas que adornam temperamentos!
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